Um total de 65 pessoas foram
assassinadas em assaltos a bancos em 2013. O número equivale a uma média mensal
de 5,4 vítimas e é 14% superior ao registrado em 2012, quando 57 pessoas foram
mortas. O levantamento foi divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
São Paulo lidera o ranking
de mortes, com 17 casos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, 11 mortes. Os
outros estados que lideraram a lista são Bahia (sete mortes), Ceará (seis),
Minas Gerais (seis) e Rio Grande do Sul, que somou cinco casos.
A pesquisa mostra que as
principais vítimas são os clientes. Em 2013, foram 36 mortes, 55% do total. Os
outros assassinatos foram de vigilantes (dez, o equivalente a 15%), policiais
(sete mortes, ou 10%) e transeuntes (cinco assassinatos, 7,6% do total).
A saidinha de banco, golpe
em que há abordagem no interior das agências e o roubo é anunciado fora,
provocou 32 mortes, equivalentes a 49% do total. O assalto a correspondentes
bancários matou 14 pessoas (22%), figurando como o segundo crime mais comum em
2013. Os assaltos a agências tiraram a vida de oito pessoas, o equivalente a
12% das mortes.
O levantamento apontou a
faixa etária e o sexo das vítimas. A idade de 31 a 40 anos é a mais visada, com
16 mortes (25%). Em seguida, vêm os idosos com mais de 60 anos, com 14
assassinatos (21%). Houve 11 mortes na faixa de 41 a 50 anos (17%). Os homens
foram vítimas 60 vezes, o que dá 92,3% dos casos. Também foram assassinadas
cinco mulheres, ou 7,7% do total.
Para o presidente da
Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, as mortes mostram a fragilidade da segurança
pública e a necessidade de investimentos por parte dos bancos. José Boaventura
Santos, presidente da CNTV, defendeu atualização da Lei Federal n° 7.102/83,
que trata da segurança em estabelecimentos financeiros. Ele deseja também a
aprovação do Projeto de Estatuto de Segurança Privada, que é discutido no
Ministério do Justiça. Agência Brasil

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